terça-feira, 2 de novembro de 2010

Obelix, Ideafix e a jornalista Eliane Cantanhêde

Havia uma jornalista que a tudo se opunha. Era fundamentalista do contra. Certa vez, a sua filha, com a emoção de mãe do primeiro filho, mostrou à jornalista o seu primeiro neto recém-nascido. Ela, olhando o lindo bebê, com olhos de luneta, deu às costas e disse: “Tá ruim, faz outro!”
Assim  é a Eliane Cantanhêde, em relação a Lula e Dilma, sempre esteve e estará ruim. Pois não tem a marca do que ela considera adorável, o DNA tucano de Serra, FHC e outros príncipes da elite paulista. Até o Aécio Neves, menos dotado nas suas considerações, foi sumariamente descartado como possibilidade de candidato pelo partido do entusiasmo e da devoção da jornalista Eliane Catanhede. Basta ler  texto do mês de abril deste ano.
Nesta terça-feira (02), Cantanhêde já destilou o seu dobre de sinos na elegia para Dilma Rousseff. Consultou os seus oráculos, mirou a sua bola de cristal e deu o resultado da profecia: é o terceiro mandato. Com isto, já sabemos o tom e o matiz da sua cruzada, não importa o que o governo de Dilma Roussef venha a fazer de bom, será, sempre, motivo do “tá ruim”; na esperança de que um dia os seus príncipes tucanos possam retornar ao lamaçal público-privado que sabiamente, no mais fino e discreto charme burguês, chafurdam, sob a proteção silenciosa e obsequiosa de jornalistas como Eliane Cantanhêde.
Aliás, não foi a própria Elieane que rotulou todos os blogs que não apoiavam Serra de “cães da internet”? Pois a sra. Cantanhêde me faz lembrar a cadela Ideafix, do nobre Obelix, não pela graça e simpatia do animalzinho, mas, pelo nome, muito apropriado ao tipo de jornalismo servil praticado neste País. Mas podemos dizer, Ideafix ladra e a Dilma Roussef passa, consagrada como a primeira mulher a ser presidente do Brasil.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário